quarta-feira, 6 de maio de 2015

Da série: "Ser mãe é TÃO legal, mas..."



"Ser mãe é TÃO legal, mas e o parto?"

Que a maternidade é romantizada e supervalorizada não é novidade. A sociedade patriarcal nos coloca como "encubadoras" e apesar de estarmos no século vinte e um, a mentalidade ainda é medieval. Mulher serve pra parir, procriar. E se não puder por algum motivo ou mesmo não quiser, é seca, inválida, incompleta. Falta alguma coisa, sempre vai faltar.

Quantas de nós não escutamos coisas como essas diariamente? Provavelmente todas. 

Estudos dizem que a cada minuto são feitas três cesarianas no Brasil. Será mesmo que todas essas mulheres optaram por isso? 

A maior parte das mulheres mães são negras e periféricas. Essas mulheres estão em situação de EXTREMA vulnerabilidade. Tanto social quanto financeira. E você sabia que a maioria delas sofreu violência obstétrica e vai sofrer novamente? 

Às mães resta o descaso, a negligência, a terceirização de suas escolhas. Nem como querem parir podem/puderam escolher. 

A luta pela humanização é também a luta pela vida da mulher, contra a violação dos nossos corpos. 

Descobrir-se grávida é, na maioria das vezes, seguido de uma sucessão de violências. Por isso, é urgente que mães sejam incluídas nos espaços feministas e recebam suporte psicológico e emocional para se empoderarem e reunirem forças para lutarem.

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