quarta-feira, 13 de maio de 2015

Da série: "Ser mãe é TÃO legal, mas..."



"Ser mãe é muito legal, mas quem vai ficar com as crianças na hora da gente estudar?"

Nem sempre dá para contar com a boa vontade dos companheiros ou companheiras e avós das crianças, por isso, muitas mães deixam de lado o sonho de um diploma. E como um diploma faz a diferença para uma mãe, não é verdade?

Ajudaria muito se houvessem creches dentro das universidades, mas sabemos que a sociedade não facilita nada para as mães. O sistema de educação superior não é inclusivo para mulheres com filhos. Não as aceita, não as tolera, faz de tudo para que as mesmas não ingressem e se ingressarem, não consigam terminar.

O tempo do curso, por exemplo, poderia ser maior, tipo o dobro do tempo pelo menos para jubilar, pois mães e filhos passam por períodos de doenças, adaptações e aquelas adversidades que toda mãe enfrenta.

Quando a mamãe precisa trabalhar enquanto estuda é ainda mais complicado. De novo: Com quem fica a criança? E para mães lactantes é tudo mais difícil - e doloroso -.

Vivemos numa sociedade que odeia mães e odeia a ideia de que elas possam, um dia, ocupar espaços que foram feitos por homens e para eles. Sempre somos sujeitas à constrangimentos diversos que vão desde a fetichização da amamentação até o "Mas e o pai?", "Cadê seu filho?".

Antes de mães, somos mulheres e vamos ocupar os espaços SIM. Pautar a criação de creches de período integral e creches dentro das Universidades é necessário e urgente. Pautar a criação de um auxílio voltado para mulheres mães dentro das Universidades é muito necessário.

Por um feminismo que inclua TODAS as mães e discuta todas as suas pautas específicas.


Texto com a participação da mamãe Jubs Umbelino.

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